Do dizer ao fazer: o caminho para ensinar valores cristãos com autenticidade
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“Trazendo à memória a fé não fingida que em ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Lóide, e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também habita em ti.” (2 Timóteo 1:5)
Dizer é fácil, fazer é difícil. Quando damos aos filhos conselhos que nem nós mesmos seguimos, ou quando lhes ordenamos fazer algo que não estamos dispostos a fazer, nossa palavra perde o valor e nossa autoridade se enfraquece.
Em casa, tomei a decisão de nunca mentir para o meu filho, nem mesmo nas pequenas coisas sobre as quais muitos costumam mentir. Foi assim que, entre outras coisas, ele nunca acreditou na existência do Papai Noel. Quando ele era pequeno e tentava desobedecer, antes de aplicar uma correção, eu dizia: “O que o papai fala, o papai faz.” De tanto ouvir isso e entender como as coisas funcionavam, certa vez, quando um coleguinha que nos visitava estava aprontando, ele o advertiu: “Cuidado, quando o papai fala, ele faz.”
É verdade que, como pais, somos imperfeitos e falhamos em muitas áreas, mas há uma em que devemos nos esforçar com mais dedicação: nossos filhos precisam confiar em nossa palavra. Eles precisam saber que, quando falamos, estamos dizendo a verdade; que, quando fazemos uma promessa, estamos comprometidos a cumpri-la, para que possam confiar em nós. Isso se aplica também à área espiritual, quando lhes ensinamos sobre os valores cristãos.
Um pai ou mãe que, ao tocar a campainha ou o telefone, manda o filho dizer que não está, não tem autoridade para ensinar que “os lábios mentirosos são abomináveis ao Senhor” (Provérbios 12:22), porque está contradizendo tal ensino. O mesmo princípio observado aqui deve se aplicar a todas as demais orientações dadas.
Todo pai e toda mãe deveriam ser capazes de dizer, como Paulo: “Sede meus imitadores, como também eu de Cristo” (1 Coríntios 11:1). E nem Paulo nem Cristo mentiam!
Lóide e Eunice ensinaram a Timóteo as sagradas letras, que frutificaram em seu entendimento, levando-o à salvação em Cristo (2 Timóteo 3:14-15). Mas garanto que elas ensinaram não apenas por palavras, mas pelo exemplo; que elas não apenas declararam com os lábios os valores que ele deveria observar para ser bem-sucedido, mas viveram esses valores, e nisso há poder. O exemplo é um argumento persuasivo!
Devemos sempre dizer a verdade para nossos filhos, porque, se se sentirem enganados, eles duvidarão de nós. Creio que até aquelas “mentirinhas” tão comuns e aparentemente inofensivas na sociedade, se as praticarmos, colocaremos nossa credibilidade em risco.
Se você prometer disciplina, cumpra-a com amor! Se prometer uma recompensa, cumpra! Mas nunca prometa o que não puder cumprir. Porque, se você não cumprir sua palavra, como esperará que seus filhos creiam quando você lhes ensinar que Deus não pode mentir e é fiel para cumprir tudo o que prometeu (Tito 1:2; Hebreus 6:18)? Portanto, ensine com a voz e com a vida! Pense nisso!
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