Não por força, nem por violência | A Palavra
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quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Não por força, nem por violência

Mansidão e dependência: a verdadeira arma do cristão

Evangelizando
Imagem gerada por AI

Pr. Cleber Montes Moreira

“E respondeu-me, dizendo: Esta é a palavra do Senhor a Zorobabel, dizendo: Não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos.”
(Zacarias 4:6)

Enquanto voltávamos de uma viagem missionária, alguns irmãos de nossa caravana compartilhavam seus testemunhos sobre as experiências vividas. Um dos evangelistas contou que, ao abordar um homem, ouviu dele: “Se você continuar falando desse Jesus, te dou um soco na cara!”. O crente, calmamente, prosseguiu falando do Senhor e do plano de salvação. De repente, seu ouvinte desferiu-lhe um soco no nariz. Ele abaixou a cabeça, e o sangue escorreu até o chão. Instantes depois, levantou-se, ensanguentado, e continuou, com mansidão, apresentando o evangelho. Enquanto ele ainda falava sobre o grande amor de Deus, o homem violento não conseguiu conter-se e começou a chorar. Arrependido, não apenas de sua violência, mas de seus pecados, aceitou a salvação oferecida. Naquela mesma noite, já estava na igreja junto a outros irmãos.

Ao recordar este relato, não penso apenas na lição sobre evangelização, mas também no modo como resolvemos os conflitos. O evangelista não respondeu rispidamente, mas manteve uma postura branda, humilde e amorosa, o que desarmou seu oponente. Quantas vezes tentamos resolver as coisas com um espírito beligerante, agindo de forma impulsiva, “partindo para a briga” e tentando impor nosso ponto de vista! No entanto, isso não funciona. Agindo assim, criamos batalhas desnecessárias e gastamos energia em esforços inúteis. Quem age dessa forma não se torna vitorioso, mas derrotado.

Jesus nos ensinou um princípio poderoso: “Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais ao mau; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; e, ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa; e, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas” (Mateus 5:38-41).

Outro exemplo relevante é o de Zorobabel, governador de Judá, que recebeu de Deus a missão de reconstruir o templo no período em que os primeiros cativos retornavam da Babilônia. Diante da oposição dos inimigos que tentavam enfraquecê-lo e impedir a obra, o Senhor usou o profeta Zacarias para lembrá-lo de onde vem a verdadeira força e poder: “Não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos” (Zacarias 4:6).

Quem se exalta, confia em suas próprias forças e recorre a armas humanas não está apto para vencer certas batalhas. Por outro lado, aquele que se humilha debaixo da potente mão do Altíssimo e se faz dependente do Todo-Poderoso tem vitória garantida. Não importa o que seus inimigos ousem fazer, pois, “agindo Deus, quem o impedirá?” (Isaías 43:13).

O modo como agimos e reagimos diante de conflitos e oposição revela muito sobre nosso caráter, e também determina nossos sucessos ou fracassos. Que possamos confiar no Senhor e agir conforme os princípios que Ele nos ensina, para que, em todas as coisas, Seu nome seja glorificado. Pense nisso!

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