Das alturas celestiais à humilde manjedoura: o verdadeiro sentido do natal | A Palavra
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quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

Das alturas celestiais à humilde manjedoura: o verdadeiro sentido do natal

O Verbo feito carne: o Natal como manifestação do amor divino

Jesus na manjedoura
Imagem gerada por IA
Pr. Cleber Montes Moreira

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez... E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.”
(João 1:1-3,14)


O verdadeiro Natal vai além de ser apenas uma mera data comemorativa; é a expressão do imensurável amor de Deus pela humanidade — “Porque Deus amou o mundo de tal maneira…” (João 3:16). Os versos 3 e 14 do primeiro capítulo de João nos conduzem a uma profunda reflexão sobre a significância do nascimento do Salvador, onde o Criador, o Rei dos Reis, despe-se de Sua glória para revestir-se da condição mais humilde do homem.

O Verbo, que é Deus, fez-se carne, identificando-se plenamente conosco (v.14). De maneira análoga à renúncia temporária das insígnias de nobreza por um rei, Jesus deixou Sua glória celestial para vestir-se da fragilidade humana. Mais do que um visitante, Ele fez-se um de nós, assumindo nossas dores e aflições para nos resgatar para Si mesmo. Isaías profetizou sobre o sacrifício redentor, descrevendo como o Salvador tomou sobre Si as nossas enfermidades e dores, enfrentando o castigo do nosso pecado (Isaías 53:4,5).

Paulo, ao escrever sobre a atitude amorosa e humilde do Senhor, ressalta que Ele, mesmo sendo em forma de Deus, esvaziou-se a Si mesmo, tornando-se semelhante aos homens. Sua humildade culminou na obediência até à morte, e morte de cruz (Filipenses 2:6-8).

A profecia de Isaías alcançou seu cumprimento no nascimento do menino de Belém. Ele veio não apenas como uma visita temporária, mas para habitar entre nós como o Emanuel (Mateus 1:23), manifestando o amor de Deus de maneira tangível. Ele tornou-se o Caminho para a reconciliação entre o pecador e o Criador (João 14:6). A plenitude da redenção está para além deste tempo, revelando-se nas palavras do próprio Senhor no Apocalipse: “Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o Seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o Seu Deus” (Apocalipse 21:3).

Portanto, o Natal não é apenas uma celebração dentre tantas outras, mas a notória manifestação do amor de Deus, que não apenas nos criou, mas tomou a forma da criatura para consumar seu plano de salvação. Que possamos contemplar com reverência e gratidão esse extraordinário ato de amor, reconhecendo nele a boa vontade de Deus para com os homens (Lucas 2:14). Nisso está o verdadeiro sentido do Natal! Pense nisso!

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