Sabedoria paterna: oferecendo aos filhos genuinamente “coisas boas”
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“Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?” (Mateus 7:11)
Jesus, referindo-se à bondade de Deus, utilizou a analogia de um pai humano. Ele afirmou: “Se vós, que sois maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?” (Mateus 7:11). Esta passagem nos ensina que mesmo os homens falhos desejam proporcionar coisas boas aos seus filhos, quanto mais Deus, que é perfeito. Embora o texto aborde os conceitos de “pedir”, “buscar” e “bater”, garantindo-nos que “aquele que pede, recebe; e quem busca, encontra; e a quem bate, a porta será aberta” (Mateus 7:7,8), isso não implica que Deus, como um Pai benevolente, atenderá todas as nossas petições, mas sim que Ele nos concederá o que é verdadeiramente benéfico.
Nesse contexto, emerge uma valiosa reflexão sobre o que proporcionamos aos nossos filhos: almejamos prover-lhes alimentação de qualidade, boas vestimentas, educação sólida, brinquedos, momentos de lazer, entre outros. No entanto, muitas vezes, por falta de discernimento, tendemos a satisfazer todos os seus desejos, oferecendo-lhes coisas que não contribuem para o seu bem-estar. Na minha cidade natal, há um caso emblemático em que um pai presenteou o filho com uma motocicleta potente. No mesmo dia, o jovem perdeu a sua vida num acidente. Ele não possuía a maturidade para lidar com tal responsabilidade. O presente era bom e valioso, mas não para aquele rapaz naquele momento.
Muitos pais acham normal proporcionar tudo o que os filhos pedem. Outros consideram que os bens materiais e uma educação secular sólida é o melhor que podem oferecer. No entanto, deixam de considerar que em muitas ocasiões eles também precisam ouvir um “não”, exercitar a paciência de um “espere”, receber bons conselhos, disciplina e as correções adequadas.
Consequentemente, um bom pai não é aquele que satisfaz todos os desejos dos filhos, mas sim aquele que concede o que é genuinamente benéfico. O amor paterno sábio é aquele que compreende as necessidades reais das crianças e jovens, proporcionando orientação, ensinamentos e limites que os auxiliarão a crescer de forma saudável e responsável.
No texto, a palavra traduzida como “bens” ou “boas coisas”, conforme a versão bíblica, é o grego agathós, que significa “de boa constituição ou natureza; útil, saudável; bom, agradável, amável, alegre, feliz; excelente, distinto; honesto, honrado”. Tendo isso em mente, pergunto: O que temos oferecido aos nossos filhos é realmente “boas coisas”? Pense nisso!
Louvado seja Deus. Palavra bíblica e confortante
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