O contraste entre a inutilidade da vã esperança e a confiança que dá sentido à vida
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“Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” (1 Coríntios 15:19)
Quando Paulo escreve aos coríntios para combater o falso ensino de que não havia ressurreição dos mortos, ele menciona algo que considero um princípio norteador da vida.
No verso 19, o termo grego traduzido por “esperamos” significa esperar “num sentido religioso, aguardar a salvação com alegria e completa confiança”. Tal esperança é impossível para aqueles que não creem na ressurreição, porque, se assim fosse, o próprio Senhor não teria ressuscitado (vs. 12, 13). Podemos, então, concluir que aqueles que assim criam estavam num estado desolador — eram “miseráveis”; dignos de comiseração. Descrição apropriada da condição daqueles que eram enredados por aquele falso ensino.
O cristão que não crê na ressurreição conserva uma vã “esperança”, porque “se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé” (vs. 13, 14).
A vã esperança conduz a uma vã militância e ao padecimento inútil. A vida cristã enfrenta oposição do mundo, e tanto no passado quanto no presente, os salvos são odiados, zombados, perseguidos e mortos. Que virtude teria padecer tais coisas sem ter a certeza da ressurreição? A fé seria como qualquer paixão secular: há pessoas morrendo por uma religião, por uma ideologia, por um amor não correspondido, por uma paixão esportiva etc.
A vida cristã é de abnegação. O chamado do Senhor é claro: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-me” (Mateus 16:24). Aquele que carrega uma cruz sabe bem para onde está caminhando… mas isso não teria sentido se não houvesse a ressurreição. Os salvos tomariam sua cruz em vão; trabalhando e sofrendo nesse mundo, suportando aflições por causa de uma fé infundada, como vítimas de uma terrível ilusão.
A nossa fé (esperança) determina o modo como vivemos, e este é o princípio norteador da vida que vejo no escrito de Paulo. Convicções erradas levam às práticas erradas, mas a fé genuína nos leva a uma viva esperança e a um viver condizente com essa mesma esperança — uma esperança que não está restrita à vida terrena.
A verdadeira fé não está alicerçada em uma esperança temporal, mas na eternidade. Não nos movemos por expectativas terrenas, mas pelas promessas daquele que venceu a morte e por meio de quem também venceremos este último inimigo: “E, quando isso que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isso que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória” (v. 54).
Se realmente cremos que “Deus, que também ressuscitou o Senhor, nos ressuscitará a nós pelo seu poder”, a nossa vida tem sentido: nosso testemunho, nossas lutas, toda oposição, as privações e aflições que sofremos não são em vão; tudo suportamos porque somos movidos pela esperança que está firmada em Cristo. Pense nisso!
Amém. Esta é com certeza ha nossa esperança, de que Cristo um dia voltara e nos levara para Sua gloria.
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