Uma reflexão sobre a necessidade de preservar a integridade do ministério pastoral em tempos difíceis
Imagem: Freepik |
“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” (2 Timóteo 2:15)
Paulo exorta Timóteo a se apresentar diante de Deus como obreiro aprovado, que não tem do que se envergonhar. Assim também deveria ser a vida de todo pastor: andar perante o Altíssimo, sendo aprovado e exercendo o ministério com integridade, sem ter do que se envergonhar diante de Deus nem dos homens. No entanto, há muitos que se tornam causadores de escândalos e pedras de tropeço. O pior é que alguns não sentem vergonha de seus atos, que às vezes são cometidos intencionalmente. Existem pastores, mas também existem lobos em pele de pastor.
Muitos se envergonham quando erram e retomam o caminho certo. Outros não sentem vergonha alguma. E há aqueles que nos causam vergonha…
Eu me envergonho ao ver pregadores cobrando altos cachês para pregar em igrejas e eventos.
Eu me envergonho de pastores que agem como “animadores de auditório” ou humoristas, atraindo a atenção para si e não para Deus.
Eu me envergonho de pastores que, em vez de prover alimento espiritual, oferecem entretenimento às suas ovelhas.
Eu me envergonho de pastores que se esquecem da Bíblia e preferem citar frases e ensinamentos de personagens que não têm nenhum compromisso com a Verdade.
Eu me envergonho de pastores que trocam a teologia bíblica pela sabedoria humana.
Eu me envergonho ao ver pseudopastores brigando nas redes sociais e se atacando mutuamente.
Eu me envergonho de pastores que praticam deliberadamente o proselitismo, pescando em aquários e investindo desonestamente sobre o rebanho que Deus confiou a outros.
Eu me envergonho de líderes e pregadores que, sem pudor, pedem dinheiro para benefício próprio sob o pretexto de sustentar seus ministérios, para depois ostentarem mansões, carros luxuosos e até jatinhos.
Eu me envergonho de ver tantos obreiros banalizando o casamento, divorciando-se de suas esposas sem motivo justo e se envolvendo em outros relacionamentos (ou aventuras amorosas).
Eu me envergonho de pregadores que usam a Bíblia para justificar suas más intenções, citando textos isolados e interpretando-os de forma interesseira.
Eu me envergonho de pastores que não conhecem a Bíblia.
Eu me envergonho de pastores que desprezam a oração e a vida devocional.
Eu me envergonho de pastores que não vivem o que pregam.
Eu me envergonho de pastores que pregam o liberalismo em suas igrejas, permitindo imoralidades e abrindo as portas para o mundo.
Eu me envergonho de obreiros que, em nome do amor, se desviam da Sã Doutrina, como se o verdadeiro amor pudesse subordinar a Verdade.
Eu me envergonho daqueles que pregam um evangelho inclusivo, permitindo que suas ovelhas vivam na prática de certos pecados, tudo em nome de atrair pessoas, sem visar a sua salvação em Cristo.
Eu me envergonho de pastores que colocam certas teologias, movimentos e correntes acima da Bíblia e cultuam personagens, dando a eles uma ênfase exagerada.
Eu me envergonho de pastores que não zelam por seus púlpitos, entregando-os a qualquer um.
Eu me envergonho de pastores que não cuidam da coerência musical em suas igrejas, permitindo que se cantem músicas com letras que contradizem a fé cristã.
Eu me envergonho de pastores que fazem acordos políticos para se beneficiarem, muitas vezes transformando seus púlpitos em palanques e suas igrejas em “currais eleitorais”.
Eu me envergonho de pastores que não se dedicam ao pastoreio, agindo como tecnocratas eclesiásticos, sendo bons administradores, mas negligentes no cumprimento de sua verdadeira missão.
Eu me envergonho de pastores que impõem suas mãos precipitadamente sobre candidatos despreparados e de convicções duvidosas, seja por amizade, para agradar colegas ou por outros motivos, desprezando as exigências bíblicas para o ministério.
Eu me envergonho de pastores que aderem ao politicamente correto e desprezam a Sã Doutrina.
Eu me envergonho de pastores que não exercem disciplina sobre seu rebanho.
Eu me envergonho de pastores que, por covardia, com o intuito de não prejudicar seus ministérios, evitam lidar com certas pessoas ou famílias da igreja que precisam ser tratadas.
Eu me envergonho de pastores que abrem as portas para heresias.
Eu me envergonho de pastores que glorificam a si mesmos, alimentando sua vaidade, em vez de glorificar ao Senhor dos Senhores.
Eu me envergonho…
Itaperuna, 18 de junho de 2017
Nenhum comentário:
Postar um comentário