Equilíbrio e paz em meio ao mundo conturbado: não deixando que a indignação se transforme em pecado
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“Descansa no Senhor, e espera nele; não te indignes por causa daquele que prospera em seu caminho, por causa do homem que executa astutos intentos.” (Salmos 37:7)
Muitas vezes nos perguntamos por que o ímpio prospera e nos indignamos. Vemos políticos corruptos levando uma vida boa, pessoas que subornam e se deixam subornar, que prejudicam os outros, oprimem os pobres, enfim, gente injusta e má. Eles conseguem crescer e ocupam posições de destaque na sociedade, mas os justos enfrentam provações.
Além disso, vivemos em um tempo em que parece que as leis pesam muito sobre as pessoas honestas e trabalhadoras, mas favorecem os corruptos e os malfeitores.
Outros invejam a prosperidade dos ímpios. Asafe confessou: “Quanto a mim, quase escorregaram meus pés; por pouco não escorreguei, pois tinha inveja dos tolos ao ver a prosperidade dos ímpios” (Salmos 73:2,3). Você, que trabalha tanto, talvez já tenha sentido uma ponta de inveja daqueles que têm uma vida fácil e acumulam bens com desonestidade.
De fato, é razoável sentir indignação. Desejamos a justiça, mas ela está escassa no mundo, e isso nos inquieta. No entanto, não podemos permitir que esse sentimento de revolta se transforme em pecado e sufoque a nossa fé.
O Salmo 37 nos oferece algumas recomendações para lidarmos com essa situação de maneira positiva: (1) Confiar no Senhor e fazer o bem (v.3); (2) Ter prazer no Senhor (v.4); (3) Entregar o caminho ao Senhor (v.5); (4) Descansar no Senhor (v.7); (5) E deixar a ira e abandonar o furor (v.8). Esses passos nos ajudam a viver de maneira equilibrada e em paz em um mundo conturbado e injusto.
Além disso, o salmista faz questão de mostrar que o futuro do justo é bom, enquanto o dos injustos é aterrorizante: “Pois os malfeitores serão desarraigados… Pois ainda um pouco, e o ímpio não existirá… Mas os mansos herdarão a terra e se deleitarão na abundância de paz” (Salmos 37:9-11). Tudo o que diz respeito aos ímpios é mau, e tudo o que diz respeito aos justos é bom.
Por fim, devemos aprender a lição do contentamento. O salmista diz: “Vale mais o pouco que tem o justo do que as riquezas de muitos ímpios” (v.16). De fato, as riquezas conquistadas de forma ilícita trazem sofrimento, mas o justo, como a experiência do apóstolo Paulo nos ensina, encontra contentamento em toda e qualquer situação, pois é Deus quem o satisfaz (Filipenses 4:12,13).
Aquele cujo espírito é reto jamais se conformará com a injustiça, mas não permitirá que esse sentimento se transforme em algo pecaminoso. Ele não se tornará igual ao ímpio, mas será luz e sal no mundo. Ele sabe que “o Senhor ama o juízo e não desampara os seus santos; eles são preservados para sempre, mas a descendência dos ímpios será desarraigada” (v.28). Pense nisso!
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