Que nosso coração seja moldado por Deus, para que dele proceda apenas aquilo que é segundo o caráter de Cristo
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“Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas esposas; mas não foi assim desde o princípio” (Mateus 19:8 — BKJ)
Certa vez, durante uma entrevista para a TV, Ruth Graham, esposa do grande evangelista Billy Graham, foi perguntada se já havia pensado em divórcio. Ela respondeu, bem-humorada, que nunca, mas que havia pensado em matá-lo várias vezes. Eu vejo amor nessas palavras. Quem ama está disposto a lutar e jamais abrir mão de seu relacionamento, nem mesmo quando, às vezes, fica irritado.
Aos que questionaram Jesus sobre a lei que permitia o divórcio, Ele respondeu que tal lei fora dada “por causa da dureza dos vossos corações” (Mateus 19:8). Essa “dureza do coração” é decorrente da entrada do pecado no mundo; é uma característica daqueles que vivem “entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus pela ignorância que há neles” (Efésios 4:18). Um coração duro é enganoso, insensível e propenso a pecar (Mateus 15:19; Jeremias 17:9). O coração do salvo, entretanto, é um coração moldado por Deus e dele deve proceder apenas aquilo que é segundo o caráter de Jesus Cristo (Ezequiel 11:19; 36:26).
Um casamento entre pessoas salvas está sujeito às mesmas conjunturas que casamentos entre não cristãos. As lutas do cotidiano, desajustes, as circunstâncias adversas, as influências externas e a guerra multifacetada contra a família. Entretanto, há uma diferença entre eles: a base de sua edificação — um é edificado sobre a rocha, o outro sobre a areia (Mateus 7:24-27). Os salvos sabem que “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam” (Salmos 127:1), portanto, eles buscarão na Palavra de Deus e na oração as orientações e a força para a preservação do matrimônio. Além disso, eles procurarão sempre falar e agir com amor altruísta. A vida conjugal é uma caminhada de amor, respeito, perdão, ajustamento, suporte mútuo… é uma jornada de conhecimento e amadurecimento a dois, na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença, na fartura ou na escassez, na bonança ou nas inquietações… Considerando quem somos, nossa única chance de um casamento bem-sucedido é vivermos cada dia na dependência de Deus, submissos à sua vontade.
Cônjuges salvos lutarão pelo seu casamento, por compreenderem sua união como uma instituição divina. Entretanto, um crente casado com um não crente poderá ser desafiado a lidar com as interferências externas, com a diferença de valores e perspectivas que podem gerar conflitos e situações difíceis. Porém, o amor, o testemunho e a oração perseverante são poderosos instrumentos para a salvação do outro.
O coração — seja “duro” ou regenerado — determina o que cada um pode oferecer na relação conjugal. Pense nisso!
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