A submissão da mulher no plano de Deus

A submissão não diminui a mulher, mas cria as condições necessárias para que ela possa desempenhar seu papel

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Pr. Cleber Montes Moreira

“Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor.” (Efésios 5:22)

Embora a ideia de submissão da esposa ao marido possa parecer ofensiva ou politicamente incorreta para algumas pessoas na sociedade moderna, é importante entender que o termo grego hupotasso, que é traduzido como “submissão” ou “sujeição”, não denota uma posição de inferioridade ou desprezo. Na verdade, em seu uso original, o termo significava “organizar [divisões de tropa] numa forma militar sob o comando de um líder” e, em um contexto mais amplo, significava “uma atitude voluntária de ceder, cooperar, assumir responsabilidade e levar uma carga”. Portanto, refere-se a uma posição hierárquica estabelecida por Deus, na qual o marido é o líder e a esposa é sua “ajudadora idônea” (Gênesis 2:18).

Este mesmo termo é utilizado em outros trechos bíblicos para expressar a ideia de submissão, como a submissão de Jesus aos seus pais (Lucas 2:51), a necessidade de sermos sujeitos às autoridades (Romanos 13:1,5; Tito 3:1; 1 Pedro 2:13), a sujeição dos jovens aos mais velhos (1 Pedro 5:5), a sujeição dos servos aos seus senhores (1 Pedro 2:18), a sujeição do crente a Deus (Tiago 4:7) e a sujeição de todas as coisas a Cristo (Efésios 1:22), entre outros.

A orientação para a submissão da esposa ao marido é reafirmada em outros textos bíblicos, como em Colossenses 3:18, Tito 2:5 e 1 Pedro 3:1,5. No entanto, é importante ressaltar que essa submissão deve ser feita “como ao Senhor”, sendo intencional, amorosa e prazerosa, assim como a igreja está sujeita a Cristo (Efésios 5:24).

Neste tempo de desprezo pelos valores bíblicos e decadência social, a feminilidade é frequentemente atacada, porque as diferenças biológicas, emocionais e de papéis entre homens e mulheres são desconsideradas. Os argumentos ideológicos e a luta por igualdade, como temos visto, constituem um esforço para negar o papel feminino e masculinizá-las. Portanto, é preciso compreender e resgatar o papel bíblico da mulher na sociedade, sabendo que isso não significa relegá-las a uma posição sem expressão, mas sim valorizá-las de verdade. Não há demérito em ser “recatada e do lar”, ser uma boa esposa e mãe, ou buscar sabedoria na Bíblia para edificar a casa, porque isso, ainda que o mundo negue, é virtuoso.

Gary Fisher escreveu: “Os homens e as mulheres devem ser igualmente ativos na obra de Deus. Nenhum deles deve fazer o que Deus não lhes atribuiu, mas quando cada um trabalha dentro do papel que Deus ordenou, o nome do Senhor será glorificado e sua obra cumprida.”

A submissão não diminui a mulher, mas cria as condições necessárias para que ela possa desempenhar seu papel. Ela precisa ter sempre em mente que foi planejada e criada para atender aos propósitos do Criador e, portanto, não deve ceder aos apelos para negar sua natureza e/ou declinar de seu privilégio, consciente de que tudo o que Deus faz é perfeito (Gênesis 1:31). Pense nisso!