O poder destrutivo da fofoca | A Palavra
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segunda-feira, 27 de março de 2023

O poder destrutivo da fofoca

Fofocas, invejas, cobiças, ressentimentos, mentes desocupadas, e o diabo consegue fazer cessar o louvor, a evangelização, prejudicar a unidade e o avançar na missão. Ele não faz isso diretamente, ele conta com seus colaboradores

Fofoca
Imagem: Pixabay
Pr. Cleber Montes Moreira

“As palavras do caluniador são como petiscos deliciosos; descem até o íntimo do homem.” (Provérbios 18:8 — NVI)

O velho hábito de espalhar informações sobre outras pessoas, geralmente de forma exagerada e distorcida, tem efeito devastador para a reputação delas e para a vida em comum. Infelizmente há pessoas viciadas em fofocas, cujas palavras são como “petiscos deliciosos” que certas pessoas comem compulsivamente — elas penetram o interior, como um alimento saboroso, e envenenam tanto a alma de quem as profere quanto do ouvinte, causando danos irreversíveis.

A fofoca pode, dentre outros males, causar conflitos na família, destruir amizades, atrapalhar a produtividade no trabalho, produzir amargura, desencadear problemas emocionais e enfermidades. Não é sem motivos que a advogada Andreza Filizzola a conceituou como o “brinquedo assassino de pessoas infelizes”.

Tiago descreveu bem o poder de fogo da língua: “Vejam como um grande bosque é incendiado por uma simples fagulha. Assim também, a língua é um fogo; é um mundo de iniquidade. Colocada entre os membros do nosso corpo, contamina a pessoa por inteiro, incendeia todo o curso de sua vida, sendo ela mesma incendiada pelo inferno” (Tiago 3:5,6). Antes, havia advertido: “Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã” (Tiago 1:26).

A língua indomada é um dos instrumentos preferidos de Satanás, inclusive no âmbito das igrejas. Fofocas, invejas, cobiças, ressentimentos, mentes desocupadas, e o diabo consegue fazer cessar o louvor, a evangelização, prejudicar a unidade e o avançar na missão. Ele não faz isso diretamente, ele conta com seus colaboradores — não seja você um deles!

A Bíblia nos orienta sobre como deve ser o nosso falar. Paulo escreveu aos efésios: “Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem” (Efésios 4:29 — grifo do autor).

Para lidar com a fofoca, você pode, dentre outras coisas… 

1. Orar pedindo ajuda a Deus e vigiar sua própria língua.
2. Não ouvir — corte o mal pela raiz. Não empreste seus ouvidos às conversas destrutivas; não seja um receptor do mal. Andre Saut tem razão ao afirmar que a “fofoca só floresce em pé de orelha adubada com más intenções”.
3. Não passar adiante — se inadvertidamente ouviu algo, não compartilhe, não tenha parte nesta obra maligna.
4. Enfrentar o fofoqueiro — nem sempre é possível, e não é fácil, mas se houver oportunidade procure confrontar o difusor da maledicência e repreendê-lo com firmeza no amor de Cristo. Se necessário, reúna as pessoas envolvidas.
5. Fazer “aquela pergunta” — se alguém te perguntar sobre algum assunto que esteja sendo tema de fofocas, pergunte: “Por que você quer saber?”
6. Se for você a vítima, siga as orientações de Mateus 18:15-17.

Como cristãos temos enorme responsabilidade diante de Deus e das pessoas sobre o que falamos. Por isso, devemos usar nossas palavras para edificar, não para destruir; elas devem estar a serviço de Deus, e não do diabo. Pense nisso!

Fofoca



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