“Eu preciso mudar de religião?” | A Palavra
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sábado, 25 de fevereiro de 2023

“Eu preciso mudar de religião?”

A verdadeira decisão por Cristo tem a ver com uma nova mente, uma nova fé, um novo viver, uma nova identidade

evangelização
Imagem: Ben White, em Unsplash
Pr. Cleber Montes Moreira

“Também muitos dos que seguiam artes mágicas trouxeram os seus livros, e os queimaram na presença de todos…” (Atos 19:19)

Durante a evangelização pessoal, quando apresentamos Cristo ao pecador e o convidamos a entregar sua vida ao Salvador, é comum que pessoas apegadas a alguma tradição religiosa perguntem: “Para receber a Jesus eu preciso mudar de religião?”. Certamente que quase todo evangelista já ouviu esta pergunta. Alguns, na tentativa de facilitar a decisão do ouvinte, ou mesmo querendo ser agradáveis, acabam respondendo que estão pregando a Cristo, e não uma religião, deixando a pessoa bem confortável para dizer “sim” ao Senhor e continuar, ao mesmo tempo, presa às suas velhas tradições. O problema é que esta é uma resposta enganosa, uma vez que todo sistema religioso não fundamentado no evangelho é incompatível com a vida cristã, bem como uma estrada que leva para longe de Deus. E, como só há dois caminhos, o final não é o melhor (Provérbios 14:12).

Qualquer religião que pregue um salvador alternativo (Atos 4:12), que ensine que “todos os caminhos levam a Deus” (João 4:16), que apresente um(a) outro(a) mediador(a) (1 Timóteo 2:5), que ensine a confiar em intercessores além de Cristo (João 14:13,14; 15:16; Hebreus 7:25), que reverencie e/ou adore representações visíveis da divindade, dos santos ou de outros seres (Gênesis 20;3-5; Salmos 115:1-8; Isaías 44:9-19), que não exorte sobre a santificação e contra o pecado (Hebreus 12:14), que não instrua sobre o andar no Espírito e a mortificação da carne (Gálatas 5:16-26), que não proclame a abnegação e a cruz como condição para seguir a Jesus (Mateus 10:38) etc., consiste numa falsa religião, numa afronta à verdade e num instrumento de perdição.

A evangelização é um convite para Cristo, que exige o abandono de velhas convicções e o andar em novidade de vida. Paulo, antes extremamente zeloso de suas tradições religiosas, por encontrar o Salvador desprezou a sua antiga religião. Ele disse: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Coríntios 5:17). E aos filipenses escreveu: “Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo” (Filipenses 3:7-9). Para quem quer andar com o Senhor, as “coisas velhas”, obras do engano, incompatíveis com a fé genuína, perdem seu valor e são deixadas para trás (Lucas 18:28; Romanos 7:6,22).

Um belo exemplo que temos de desprendimento do passado vem de Éfeso, daqueles que antes seguiam “artes mágicas”: Porque entregaram suas vidas a Cristo, abandonaram suas antigas convicções e queimaram seus livros de magia publicamente. Foi um testemunho público, explícito, de verdadeira conversão, de mudança da mente, e a confirmação de seu compromisso com Deus.

Quando alguém te perguntar: “Para receber a Jesus eu preciso mudar de religião?” Seja sincero, fiel ao evangelho, e explique com amor: Você precisa bem mais que isso, você precisa “nascer de novo” (João 3:3) — ter uma nova mente, uma nova fé, uma nova vida, uma nova identidade — e este milagre acontecerá se você se entregar total e incondicionalmente ao Filho de Deus.

O bom evangelista, guiado pelo Espírito Santo, sempre encontrará palavras certas para dizer a verdade em amor. Pense nisso!

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