A corrida cristã é de longa distância. Se você está desanimado, cansado, ou há impedimentos, é hora de se esforçar ainda mais e prosseguir motivado pelo maior prêmio da vida
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A vida cristã tem um alvo definido pelo próprio Deus. Paulo diz que ele ainda não havia chegado lá, ao ápice, mas prosseguia para aquilo pelo qual foi preso e padecia por Cristo Jesus (Filipenses 3:12). Ninguém suporta sofrimentos como os que o apóstolo suportou por algo sem importância, a menos que seja movido por uma paixão carnal. É verdade que muitos dão a vida por causas sem valor, porém, o escritor bíblico nos fala do “prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (v.14). Por este prêmio, vale qualquer sacrifício, inclusive o da própria vida.
O autor, por meio de uma metáfora sobre a uma corrida, nos aponta para o propósito que se alcança na ressurreição, enfatizando, no entanto, a importância dos esforços e das etapas do percurso até lá. Ele tem em vista, como nos diz Adam Clarke, “sua coroa de martírio e sua gloriosa ressurreição” — é por saber o que nos aguarda, a nossa glorificação com Cristo para uma vida incorruptível, e à semelhança com o Senhor (1 João 3:2), que tudo suportamos e nos gloriamos em nossas tribulações (Romanos 5:3-5).
Em outras palavras, Paulo nos diz: “eu ainda não terminei a corrida, mas prossigo persistentemente”. O modo como ele faz isso? “Mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo…” (vs. 13,14 — grifo do autor). Aqui encontramos dois verbos que devem nos orientar nesta carreira: esquecer e avançar.
Muitas pessoas diminuem a marcha, ou mesmo estacionam, porque estão aprisionadas às coisas e fardos que devem deixar. Valores do mundo, pessoas, lembranças, antigas convicções ou mesmo pecados. Paulo nos fala de sua experiência: aquilo que para ele tinha valor, a sua antiga religião e tudo mais, ele abandonou por amor a Cristo, de modo que foi capaz de afirmar: “Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo” (Filipenses 3:7,8). Portanto, considerando Cristo como bem maior, devemos nos livrar de tudo o que nos impede de caminhar rumo à semelhança com ele. Cada um deve fazer sua própria lista de coisas, valores ou comportamentos impeditivos e que, portanto, devem ser descartados. Que tal começar a redigir sua lista agora mesmo?
Depois do “esquecer”, precisamos conjugar o “avançar”. A corrida “só acaba quando termina”. Há uma linha de chegada, e do outro lado o maior prêmio da vida. Tendo em vista tal recompensa, devemos empreender todos os esforços, lembrando que “todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível” (1 Coríntios 9:25).
Faça do “esquecer” e do “avançar” verbos-chave de sua jornada. A nossa corrida é de longa distância. Se você está desanimado, cansado, ou há obstáculos, é hora de se esforçar ainda mais e prosseguir motivado tendo em vista a maior das recompensas. Pense nisso!
Bom dia Pastor Cleber
ResponderExcluirVou fazer a minha reflexão.