Perdoar não é uma obrigação, não é uma arte, não é uma ciência, perdoar é uma virtude, é fruto de uma vida orientada pelo Espírito Santo
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Em 22 de janeiro de 2016, a Missão Portas Abertas publicou em seu site uma nota sobre um cristão que foi atacado por militantes do Boko Haram, que invadiram sua casa na tentativa de decapitá-lo. A Organização, que apoia cristãos perseguidos ao redor do mundo, informou que Yakubu (nome fictício) sobreviveu por um milagre e foi capaz de perdoar seus agressores. Ao ler este relato, logo lembrei-me da última oração de Estêvão, que, ao ser apedrejado, intercedeu pelos seus perseguidores: “E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu” (Atos 7:60). Cultivar o perdão foi algo que Estêvão aprendeu com o Mestre, que do alto da cruz rogou: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23:34).
O caso de Yakubu e Estêvão não são fatos isolados. Há, na história do cristianismo, muitos outros relatos de cristãos que foram capazes de perdoar seus agressores, mesmo diante da morte iminente. O perdão é valor praticado e ensinado pelo Senhor. “E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores” (Mateus 6:12) deve ser para nós mais que uma frase decorada, mais que uma oração automatizada, deve ser um princípio de vida. E não importa o tamanho da agressão, o perdão será sempre maior que tudo. Uma calúnia, um desaforo, uma agressão física, uma traição… há quem tenha sofrido bem mais que isso, há quem tenha suportado dores bem mais terríveis e, mesmo assim, praticado o perdão. Perdoar não é uma obrigação, não é uma arte, não é uma ciência, perdoar é uma virtude, é um dom do Espírito.
Pense um pouco: Qual o maior perdão já praticado em toda a história da humanidade? Certamente o perdão de nossos pecados. Este perdão é fruto do amor divino, “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5:8), portanto, o segredo para perdoar é amar. Quanto mais amamos, mais perdoamos. Assim, se amarmos as pessoas como Cristo as ama, se colocarmos em prática o “amarás o teu próximo como a ti mesmo”, seremos capazes de perdoar. E quem nos capacita a amar e perdoar é o Espírito Santo; se Ele governa nossas vidas, perdoar é possível.
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