Ao contrário do que nos ensina a Bíblia, em seus sermões, letras de músicas e frases de efeito, parte do povo “gospel” revela sua sede incontrolada por “justiça” e triunfo contra seus adversários
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Um escritor perguntou: “Qual foi a última vez que você orou por um inimigo?” Interceder por alguém que nos tenha por inimigo é algo quase inconcebível por mentes seculares, mas também, e infelizmente, por mentes ditas evangélicas. Ao contrário do que nos ensina a Bíblia, em seus sermões, letras de músicas e frases de efeito, parte do povo “gospel” revela sua sede incontrolada por “justiça” e triunfo contra seus adversários. A cultura do “queima ele, Senhor”, do “vou entregar fulano nas mãos de Deus”, do “Deus haverá de fazer justiça”, do inimigo “entre a plateia e você no palco” é crescente. A letra da música “Sabor de Mel” é uma boa ilustração deste sentimento nefasto.
Certa vez recebi, via rede social, a seguinte mensagem: “Que Deus dê vida longa a todos os nossos inimigos para que eles possam um dia aplaudir de pé a nossa vitória!” Alguém com este pensamento intercederia por seus inimigos? Creio que não! O desejo aqui exposto é de vingança, e não de amor.
Ao contrário deste comportamento, cada vez mais comum, Jesus nos ensina valores elevados, dentre os quais destaco: amar os inimigos, fazer bem aos que nos odeiam, bendizer os que nos maldizem, orar pelos que nos caluniam, ser longânime, benevolente, perdoar, exercer a misericórdia e fazer às pessoas tudo o que queremos que nos façam (Leia Lucas 6:27-37).
Quando oramos e adotamos uma atitude cristã diante dos adversários, além de darmos um bom testemunho, não somente temos a possibilidade de vermos suas vidas transformadas, mas, principalmente, o nosso coração é transformado e ficamos ainda mais parecidos com Cristo.
Lembre-se que nós vencemos não quando resistimos ou lutamos com nossas forças, mas quando oramos e agimos na dependência de Deus. Um coração verdadeiramente cristão não nutrirá o ódio nem o desejo de vingança, mas o amor incondicional, fruto da presença do Espírito Santo na vida do salvo.
“Qual foi a última vez que você orou por um inimigo?” Sua resposta, mais do que você imagina, dirá muito sobre quem você realmente é. Pense nisso!
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