Temas considerados “sensíveis” exigem posição firme dos servos de Deus. E dizer o que pensamos é direito nosso, do qual não podemos de forma alguma abdicar nem sermos tolhidos
Ministério Público investiga pastor por criticar ‘culto ecumênico’ |
O pastor Rodrigo Dias, de São Paulo (SP), está sendo investigado pelo Ministério Público do Acre (MP-AC) por tecer críticas a um culto ecumênico nas redes sociais. Ele divulgou na sexta-feira, 20 de maio, um vídeo em que um pastor, uma mãe de santo e um padre entram de mãos dadas num templo. Na postagem intitulada “Inacreditável! Pastor, padre e mãe de santo juntos na igreja. Onde iremos parar?” Rodrigo comentou: “Olhando apenas com os olhos carnais, pode parecer algo normal, para algumas pessoas pode ser até bonito, como atitude de pedir o fim da intolerância religiosa ou dos ataques contra outras religiões. Mas, olhando através de uma ótica espiritual, podemos ver que existem coisas muito mais profundas por trás dessa cena”. (Link do vídeo no final do artigo)
Em matéria intitulada “Tenda de umbanda do Acre denuncia pastor por intolerância religiosa e preconceito e MP investiga caso”, o G1 informou que as imagens são de um culto ecumênico ocorrido em janeiro de 2020, no Acre, por formandos de Psicologia, quando um padre, a mãe de santo Marajoana de Xangô, e um pastor entram de mãos dadas no templo1. Após a denúncia, o Ministério Público do Acre (MP-AC) comunicou que investigará o suposto crime. “A denúncia será investigada pela Promotoria de Justiça Especializada na Defesa dos Direitos Humanos”.
Em sua postagem o Pastor Rodrigo Dias não tenciona ofender pessoas, não incentiva intolerância nem ódio, mas exerce seu direito de liberdade de expressão e liberdade religiosa. Além disso, sua opinião não é isolada, já que o ecumenismo é criticado por boa parte dos evangélicos. Infelizmente, o que vemos é o cerceamento de liberdades constitucionais, e vários pastores têm sido perturbados por expressarem suas convicções.
Críticas ao ecumenismo não podem ser consideradas como atos de intolerância religiosa, nem como ofensas, uma vez que os que assim fazem, em sua liberdade, apenas manifestam suas convicções bíblicas. Além do mais, qualquer pessoa que exponha suas crenças religiosas, sejam elas baseadas na Bíblia ou em outras fontes, naturalmente manifesta oposição a qualquer outro ensino contrário, e isso não é crime.
O fato de como evangélicos buscarmos a paz com todos os homens não significa que devamos silenciar nossa voz. Temas como este em pauta, aborto, ideologia de gênero e outros considerados sensíveis exigem posição firme dos servos de Deus. E dizer o que pensamos é direito nosso, do qual não podemos de forma alguma abdicar nem sermos tolhidos.
Muitos defensores do ecumenismo dizem agir sob a “bandeira do amor”. Entretanto, criticar ou rejeitar o ecumenismo é, ao contrário do que muitos pensam, um ato verdadeiro de amor. Quem ama diz a verdade, e a verdade liberta. Jesus, que é a verdade, nos ensinou em Sua Palavra: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32). Além do mais, há um princípio bíblico normativo para a relação entre Deus e seu povo, mas que também deve ser considerado dentro do presente contexto: “Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” (Amós 3:3). E Paulo escreveu: “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos?” (2 Coríntios 6:14-16).
Pense nisso!
Nenhum comentário:
Postar um comentário