A verdadeira liberdade não se dá a partir de um “grito de independência”, não se alcança com uma manifestação popular, um sistema de governo, nem é garantida por uma constituição terrena
Pr. Cleber Montes Moreira
“Mas a nossa pátria está nos céus, donde também aguardamos um Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Filipenses 3:20 — ARIB)
Hoje, Dia da Independência do Brasil, muitos saíram às ruas para se manifestarem em favor da liberdade e outros direitos constitucionais ameaçados pelo caos institucional instaurado no país. Trata-se de uma luta justa, de um povo de maioria conservadora que sonha com um Brasil melhor. Como cristãos, nutrimos este sonho legítimo — é natural e salutar que tenhamos esperanças para este mundo, que sejamos agentes de transformação social a partir da nossa fé em Cristo, e que empreendamos ações neste sentido sempre norteados pelos valores do evangelho. Afinal, ainda estamos no mundo, aqui estão nossos filhos e netos, e temos compromisso com as futuras gerações. Entretanto, nossa esperança eterna está na pátria de além, “donde também aguardamos um Salvador, o Senhor Jesus Cristo”, onde não haverá mais lágrimas, nem pranto, nem dor, nem enfermidades, nem fome, nem opressão, nem governos tirânicos, nem morte… onde a justiça será plena, e onde nossa luz será o próprio Deus (Apocalipse 22:5; 21:4).
Não obstante a necessidade e legitimidade das manifestações deste dia, tenhamos em mente que a verdadeira liberdade não se dá a partir de um “grito de independência”, não se alcança com uma manifestação popular, um sistema de governo, nem é garantida por uma constituição terrena, mas pelo conhecimento e relacionamento com Cristo, a Verdade que liberta: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará […]. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8:32;36). Os que creem no Salvador são “feitos filhos de Deus” (João 1:12) e passam a ser “a nação santa, o povo adquirido” (1 Pedro 2:9): o salvo, portanto, é cidadão do reino dos céus, um reino de pessoas livres. Por isso, a maior manifestação pela liberdade — plena e eterna — é a proclamação da mensagem que liberta o pecador e o conduz a Cristo, a saber, o evangelho, “poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1:16).
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