A Palavra: setembro 2021

terça-feira, 7 de setembro de 2021

A maior manifestação pela liberdade

A verdadeira liberdade não se dá a partir de um “grito de independência”, não se alcança com uma manifestação popular, um sistema de governo, nem é garantida por uma constituição terrena

 
Pr. Cleber Montes Moreira

“Mas a nossa pátria está nos céus, donde também aguardamos um Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Filipenses 3:20 — ARIB)


Hoje, Dia da Independência do Brasil, muitos saíram às ruas para se manifestarem em favor da liberdade e outros direitos constitucionais ameaçados pelo caos institucional instaurado no país. Trata-se de uma luta justa, de um povo de maioria conservadora que sonha com um Brasil melhor. Como cristãos, nutrimos este sonho legítimo — é natural e salutar que tenhamos esperanças para este mundo, que sejamos agentes de transformação social a partir da nossa fé em Cristo, e que empreendamos ações neste sentido sempre norteados pelos valores do evangelho. Afinal, ainda estamos no mundo, aqui estão nossos filhos e netos, e temos compromisso com as futuras gerações. Entretanto, nossa esperança eterna está na pátria de além, “donde também aguardamos um Salvador, o Senhor Jesus Cristo”, onde não haverá mais lágrimas, nem pranto, nem dor, nem enfermidades, nem fome, nem opressão, nem governos tirânicos, nem morte… onde a justiça será plena, e onde nossa luz será o próprio Deus (Apocalipse 22:5; 21:4).

Não obstante a necessidade e legitimidade das manifestações deste dia, tenhamos em mente que a verdadeira liberdade não se dá a partir de um “grito de independência”, não se alcança com uma manifestação popular, um sistema de governo, nem é garantida por uma constituição terrena, mas pelo conhecimento e relacionamento com Cristo, a Verdade que liberta: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará […]. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8:32;36). Os que creem no Salvador são “feitos filhos de Deus” (João 1:12) e passam a ser “a nação santa, o povo adquirido” (1 Pedro 2:9): o salvo, portanto, é cidadão do reino dos céus, um reino de pessoas livres. Por isso, a maior manifestação pela liberdade — plena e eterna — é a proclamação da mensagem que liberta o pecador e o conduz a Cristo, a saber, o evangelho, “poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1:16).

sábado, 4 de setembro de 2021

Porque apoio as manifestações do dia 07 de setembro


Por Cleber Montes Moreira

01. Porque o artigo 5° no inciso XVI da Constituição Federal nos garante o Direito a Livre Manifestação: “todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente.”

02. Porque o momento atual, em que há abusos e cerceamento de direitos, requer que o povo se manifeste por uma ação efetiva em favor da manutenção da democracia.

03. Porque diante da escalada da corrupção, da impunidade, dos desmandos, da violação de direitos, da interferência entre poderes, e outras anormalidades que levam ao caos institucional, o silêncio é crime ainda pior, uma vez que “quem cala consente”.

04. Porque o silêncio conivente hoje, resultará em silêncio imposto no futuro.

05. Porque os objetivos destas manifestações estão acima de ideologias político-partidárias, uma vez que o que se pretende é o respeito e a garantia de direitos universais.

06. Porque entendo que os cristãos não podem ficar indiferentes e/ou alheios ao cenário político atual, mas devem, como bons cidadãos, defender os valores basilares da sociedade, denunciar o erro e pelejar pela paz.

07. Porque não quero para o Brasil a mesma realidade de outros povos que, debaixo de poderes tirânicos, vivem sem liberdade e na pobreza.

08. Porque estas manifestações não são, como muitos querem fazer crer, sobre defender um “homem”, mas sim sobre o direito constitucional daqueles que pelo voto elegeram uma proposta de governo e querem vê-la implementada.

9. Porque são manifestações de gente pacífica e ordeira.

10. Porque numa democracia o “poder emana do povo”; povo que elege seus representantes e que tem o direito de se expressar, reivindicar, e ser ouvido.

Livros teológicos?

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