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quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Fumaça, fogo e prejulgamentos

Entre fatos e boatos: um chamado ao discernimento bíblico

Julgamentos
Imagem gerada por AI
Pr. Cleber Montes Moreira

“Não julgueis, para que não sejais julgados”
(Mateus 7:1)

Na cultura popular, duas máximas frequentemente repetidas merecem uma análise crítica. A primeira diz que “onde há fumaça, há fogo.” A segunda, um provérbio português, afirma que “o povo aumenta, mas não inventa.” Apesar de parecerem inofensivas, essas expressões muitas vezes servem como justificativa para prejulgamentos que podem causar danos irreparáveis.

O prejulgamento — ou seja, formar opiniões ou emitir juízos sem base suficiente — é uma prática severamente advertida nas Escrituras. O próprio Cristo nos exorta: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós” (Mateus 7:1-2). Esse ensino não é apenas um conselho, mas um princípio essencial para a convivência justa e harmoniosa.

Em 2014, Fabiane Maria de Jesus, de 33 anos, foi vítima de um prejulgamento cruel. Ela foi espancada por dezenas de moradores de Guarujá, litoral de São Paulo, após ser identificada como a pessoa de uma foto falsa que circulava na internet. O boato alegava que a mulher sequestrava crianças para rituais de magia negra. Baseados nesse “reconhecimento”, os moradores decidiram fazer “justiça com as próprias mãos.” Dois dias depois, Fabiane faleceu. A nota que originou a tragédia era completamente falsa.

Outro caso emblemático ocorreu anos antes, em São Paulo. Um casal que trabalhava com transporte escolar foi acusado de abusar sexualmente das crianças sob seus cuidados. A mídia divulgou extensivamente as acusações, e a opinião pública logo os declarou culpados. No entanto, após investigações, descobriu-se que as denúncias eram infundadas, e o casal era inocente. Sendo absolvidos das falsas acusações, o Ministério Público deu o caso por encerrado e permitiu a troca dos nomes dos acusados para que pudessem iniciar uma vida nova. Mas o prejuízo foi incalculável e as feridas criaram marcas que ficarão para sempre na memória.

Nos dois casos citados, a “sabedoria popular” revelou ser uma enorme ignorância: havia fumaça, mas não fogo; o povo inventou e aumentou, sem dó nem compaixão, com o agravante de falsos testemunhos. É certo que até aqueles que fazem uso de tais regras não querem ser julgados pelos mesmos critérios. Este julgamento impiedoso, injusto e punitivo é severamente combatido por Jesus: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós” (Mateus 7:1-2). Comentando o ensino de Jesus, William Barclay disse bem: “Houve tantos casos de julgamentos equivocados que se acreditaria que os homens deveriam aprender a abster-se totalmente de julgar a outros.” Os juízes erram, quanto mais as pessoas comuns.

Consideremos, pois, estas exortações: “Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo; não te levantarás contra o sangue do teu próximo” (Levítico 19:16); “Não façais juízo segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça” (João 7:24); “Não julgueis coisa alguma antes do tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas” (1 Coríntios 4:5).

Nossa responsabilidade como cristãos é buscar a verdade fundamentada em fatos, não em rumores. Devemos exercitar o discernimento com sabedoria e amor, lembrando sempre que “o amor cobre multidão de pecados” (1 Pedro 4:8).

“Ouvi dizer” não é, necessariamente, verdade. Nossa opinião deve ser formada com base em fatos, e não em boatos. Cuidado com as calúnias, além de ser pecado, têm poder destruidor. Podemos formular juízo, opinião embasada, mas não estabelecer prejulgamentos nem condenações. Deus nos deu senso crítico, mas não nos constituiu juízes. E, finalmente, a Bíblia e não a “sabedoria popular” deve reger nossas convicções e ações. Pense nisso!

Lágrimas, nunca mais!

A promessa de consolo eterno para os filhos de Deus

Olhando para o céu
Imagem gerada por AI

Pr. Cleber Montes Moreira

“E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.”
(Apocalipse 21:3-4)

A lágrima mencionada neste texto não é aquela produzida pelas glândulas lacrimais para lubrificar os olhos, mas sim a que simboliza o sofrimento, as tristezas e os dissabores que enfrentamos ao longo da vida. Quem nunca chorou? Quem nunca experimentou profunda tristeza? Quem nunca suportou aflições?

O choro pode ser provocado por dor física ou emocional. Alguns choram com facilidade, outros resistem em demonstrar suas lágrimas. Há quem chore em segredo e quem derrame lágrimas apenas no coração. Seja sensível ou reservado, todos choram. Choramos diante das incertezas, decepções, enfermidades, crises, perdas, depressão e morte. Há até mesmo quem chore sem conseguir identificar o motivo.

Jesus também chorou. Ele chorou diante do túmulo de Lázaro (João 11:35), lamentou a rebeldia de Jerusalém (Lucas 19:41-46) e, no Getsêmani, sua alma foi tomada por tamanha tristeza que seu suor tornou-se “como grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão” (Mateus 26:38; Lucas 22:44).

Os motivos para o choro são muitos. Contudo, o maior deles deveria ser o sofrimento causado pelo pecado. Davi chorou por diversos motivos, mas o mais profundo foi a dor de se afastar de Deus. Ele clamou arrependido no Salmo 51, expressando um coração quebrantado. Infelizmente, uma das maiores tragédias da sociedade atual é a falta de lágrimas sinceras por causa do pecado. Tiago exortou: “Senti as vossas misérias, e lamentai e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo em tristeza” (Tiago 4:9).

Quem chora arrependido diante de Deus hoje não chorará na eternidade. A promessa é clara: “E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas” (Apocalipse 21:4). Lágrimas, nunca mais! Não haverá mais razões para o sofrimento, pois Deus habitará no meio do seu povo. Onde Deus está, não há dúvidas, crises, dores, abandono, morte ou pecado. Há apenas vida — e vida em abundância.

Essa promessa é exclusiva para aqueles que foram salvos por Cristo, que um dia derramaram suas lágrimas de arrependimento diante do Senhor. Esses desfrutarão da comunhão eterna com Deus.

E você? Já chorou o choro do arrependimento por seus pecados? Pense nisso!

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

O Evangelho Visível: Adoção Como Expressão do Amor Divino

“O mundo pode não mudar se você adotar uma criança, mas para essa criança o mundo dela mudará” (autor desconhecido)

Pais e filho
Imagem gerada por AI

Pr. Cleber Montes Moreira

“Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus…” (1 João 3:1)

A adoção ainda é um tema delicado para muitas pessoas. Alguns hesitam diante das responsabilidades e desafios que ela envolve. Há quem pense que é necessário alcançar uma estabilidade financeira ideal antes de acolher uma criança. Outros evitam o assunto por medo de situações problemáticas, como histórias de filhos adotivos que se tornaram rebeldes. Há também aqueles que preferem evitar o trabalho que a paternidade exige, sem considerar as alegrias abundantes que ela proporciona. Muitos simplesmente optam por não ter filhos ou preferem ser “pais de pets” — reflexo de uma sociedade adoecida que, cada vez mais, valoriza os animais acima das pessoas. No entanto, há inúmeras histórias de sucesso e testemunhos edificantes que mostram como a adoção pode ser uma bênção tanto para os adotados quanto para os adotantes.

Li certa vez uma frase muito interessante: “O mundo pode não mudar se você adotar uma criança, mas para essa criança o mundo dela mudará” (autor desconhecido). Que oportunidade preciosa Deus nos concede de transformar o mundo de alguém — e, ao mesmo tempo, o nosso! Caitlin Snyder escreveu: “Embora a adoção não desfaça o passado, adotar uma criança, e mais especificamente uma criança mais velha, dá a uma família adotiva o privilégio de escrever as partes da história da criança que ainda não foram escritas.” Como bem disse John Piper: “A adoção é o evangelho visível.” De fato, ela reflete o amor de Deus por nós e nos lembra que a graça recebida deve ser graça compartilhada.

A Bíblia nos apresenta exemplos inspiradores de adoção. Moisés, o libertador de Israel, foi adotado pela filha de Faraó depois de ser encontrado em um cesto no rio Nilo (Êxodo 2:5-10). Deus, em Sua soberania, preservou a vida de Moisés, livrando-o de um decreto mortal. Ele foi criado no palácio, educado no contexto egípcio e, posteriormente, forjado no deserto para cumprir o plano divino de libertar Seu povo.

Outro exemplo marcante é o de Ester, uma jovem órfã criada por seu primo Mordecai como sua própria filha. Mordecai a amou, protegeu e orientou, e Deus usou Ester como instrumento para salvar o povo de Israel do plano genocida de Hamã (Ester 2:7; 4:14). Essas histórias mostram como a adoção, vista sob a perspectiva divina, é uma ferramenta para abençoar vidas e cumprir propósitos maiores.

A adoção encontra sua expressão mais sublime no próprio relacionamento entre Deus e os salvos. Antes de conhecerem a Cristo, eles estavam “mortos em ofensas e pecados”, andando nos desejos da carne e sendo “por natureza filhos da ira”, separados de Deus (Efésios 2:1,3; Colossenses 1:21). Mas, ao crerem em Jesus como Senhor e Salvador, foram feitos filhos de Deus por adoção: “E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade” (Efésios 1:5). Por meio dessa adoção espiritual, não somos mais estranhos, mas “concidadãos dos santos, e da família de Deus” (Efésios 2:19).

Essa filiação não é fruto de mérito humano, mas da graça e misericórdia divinas; Deus não nos adotou porque éramos como “crianças boazinhas e comportadas”, mas por Seu grande amor. Como afirma o apóstolo João: “Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus” (1 João 3:1).

Adotar uma criança significa oferecer a ela o mesmo amor, o cuidado, as oportunidades, os privilégios e os deveres de um filho biológico. Jeferson Zahorcak define a adoção como “um compromisso de amor e importância, onde o filho escolhido deve sentir-se gerado na esperança e no afeto da nova família”.

Se você carrega algum receio ou preconceito em relação à adoção, é tempo de repensar o assunto. Lembre-se de que o nosso maior exemplo vem de Deus, que nos fez “filhos por adoção”. E isso deveria ser suficientemente poderoso e digno de imitação. Pense nisso!

sábado, 16 de novembro de 2024

Chefe Secreto

Servos à prova: A fidelidade sob o olhar do Mestre invisível

Chefe secreto
Imagem gerada por AI
Pr. Cleber Montes Moreira

“Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o seu senhor constituiu sobre a sua casa, para dar o sustento a seu tempo? Bem-aventurado aquele servo que o seu senhor, quando vier, achar servindo assim.” (Mateus 24:45,46)

Houve um programa de TV intitulado “Chefe Secreto”, que fez grande sucesso. Era a adaptação brasileira do formato inglês Undercover Boss. A proposta era levar um alto executivo de uma empresa, disfarçado, para passar uma semana infiltrado entre os funcionários, observando de perto a rotina deles e identificando possíveis falhas e processos que pudessem ser aperfeiçoados. O executivo passava por uma transformação para não ser reconhecido, submetia-se a diferentes tarefas, se relacionava com os funcionários, conhecia detalhes da vida de alguns deles e via de perto a estrutura e o funcionamento do negócio. Ao final da semana, uma avaliação era feita e, para surpresa de muitos, a verdadeira identidade do chefe era revelada. Interessante é que, em alguns casos, o executivo se sensibilizava com certas situações e histórias que ouvia dos “colegas”.

Os bons funcionários, sob a visão do patrão disfarçado, se destacavam e, alguns, até recebiam recompensas. Entretanto, embora não fosse o foco do programa, havia também aqueles que se saíam mal: chegavam atrasados, trabalhavam sem vontade, eram displicentes, negligentes ou até desonestos. Para esses maus funcionários, a surpresa final certamente não era agradável; no mínimo, ficavam envergonhados.

O Chefe Secreto nos proporciona uma reflexão oportuna: e se Cristo se infiltrasse na igreja, disfarçado como um crente comum? O que Ele veria? Quais problemas detectaria? Que tipo de igreja, pastores, membros, servos, líderes e adoradores encontraria?

O Senhor não precisa recorrer a um disfarce para conhecer Sua igreja e cada crente. Ele é conhecedor de todas as coisas. Ele tudo vê. Sabe dos nossos pensamentos, sentimentos, interesses e se temos sido sinceros ou não, obedientes ou desobedientes; se buscamos nossa própria glória ou a glória de Deus; se vivemos os valores do Seu reino ou nos conformamos com o mundo. Ele conhece nosso testemunho e sabe se o evangelho que vivemos é verdadeiro ou falso. Ele sabe tudo, absolutamente tudo! Neste exato momento, Ele nos contempla. Estamos completamente expostos diante de Seus olhos.

Portanto, consideremos esta palavra: quando o Senhor voltar, como encontrará cada servo que Ele mesmo constituiu sobre a Sua casa? Pense nisso!

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