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sexta-feira, 25 de abril de 2025

Entre Filhos de Deus: Piedade Genuína ou Aparência Enganosa?

“E um certo homem chamado Ananias, com Safira, sua mulher, vendeu uma propriedade, e reteve parte do preço, sabendo-o também sua mulher; e, levando uma parte, a depositou aos pés dos apóstolos. Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade? [...] E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. [...] E, cerca de três horas depois, entrou também sua mulher, não sabendo o que havia acontecido. E disse-lhe Pedro: Dize-me, vendestes por tanto a herdade? E ela disse: Sim, por tanto. Então Pedro lhe disse: Por que é que entre vós combinastes tentar o Espírito do Senhor? [...] E, imediatamente, caiu aos seus pés e expirou.”
 (Atos 5:1-11 )

Galinha e patinhos

Pr. Cleber Montes Moreira

Uma história curiosa nos ajuda a refletir sobre a convivência entre naturezas distintas. Em 2022, um consultor rural em Minas Gerais compartilhou um vídeo que viralizou nas redes sociais: uma galinha, tendo chocado ovos de uma pata, cuidava dos patinhos como se fossem seus filhotes. Ela os protegia, seguia-os por toda parte, mas, quando os patinhos nadavam no lago, a galinha só podia ficar na margem, ansiosa, incapaz de acompanhá-los na água.

Diante dessa imagem, refleti sobre a realidade que encontramos nas igrejas: pessoas com naturezas diferentes — umas salvas, genuinamente regeneradas, e outras que apenas se parecem com os salvos — convivendo lado a lado; filhos de Deus verdadeiros, e outros que apenas caminham com os filhos de Deus como se também fossem um deles.

A história de Ananias e Safira, em Atos 5:1-11, ilustra essa realidade de forma impactante. Eles caminhavam entre os crentes, participavam das mesmas práticas, mas suas ações revelaram uma natureza não regenerada. Ao venderem uma propriedade, decidiram reter parte do valor, mentindo ao declararem que haviam doado tudo. Não estavam obrigados a doar nada, mas quiseram parecer mais espirituais do que eram. A motivação por trás do ato não era o amor a Deus ou aos irmãos, mas o desejo de reconhecimento; queriam ostentar aparência de piedade, serem admirados, mas seus motivos eram egoístas.

Como o Senhor nos diz em Mateus 6:24: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.” A presença na igreja não os tornava salvos, pois lhes faltava a experiência do novo nascimento (João 3:3) — assim como na história dos ovos de pata chocados pela galinha, suas práticas revelaram uma natureza distinta da dos cristãos autênticos.

Deus, que vê o coração, não se deixa enganar (1 Samuel 16:7; 1 Reis 8:39; Lucas 5:22). Pedro, cheio do Espírito Santo, confrontou a mentira, e o juízo foi imediato: ambos caíram mortos. Esse episódio é um grave alerta: estar entre os filhos de Deus não garante a salvação. Muitas vezes, “boas ações” podem esconder intenções de autopromoção. Ananias e Safira buscavam elogios, como os religiosos hipócritas que Jesus condenou em Mateus 6:1-6, por agirem para serem vistos pelos homens. Suas obras, em vez de glorificarem a Deus, serviam apenas para inflar sua própria reputação.

Paulo, em 2 Timóteo 3:5, adverte sobre aqueles que têm “aparência de piedade, mas negam a sua eficácia”. Ananias e Safira são exemplos disso. Enquanto os primeiros cristãos viviam em verdadeira entrega, compartilhando tudo com os irmãos (Atos 4:32-35), eles viviam uma falsa espiritualidade. Sua hipocrisia, como a “azeitona-do-ceilão” — um fruto que parece azeitona, mas é amargo e adstringente —, prometia algo que não entregava. Assim, muitos hoje podem estar na igreja, mas seguir um caminho espiritual diferente, rumo a um destino eterno separado de Deus (Mateus 25:46).

A lição é clara: Deus conhece nossas intenções. Como diz Lucas 12:2: “Nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser sabido.” Podemos enganar outros, até a nós mesmos, mas nunca a Deus. A verdadeira piedade nasce de um coração regenerado, que busca glorificar a Deus, não a si mesmo. A história de Ananias e Safira nos chama a examinar nossa fé: somos filhos de Deus ou apenas imitamos a piedade? Caminhamos com os salvos, mas para onde nosso coração nos leva? 

Aplicação:
Examine seu coração à luz da Palavra. Sua vida cristã é fruto de uma fé genuína ou de uma representação? Você tem buscado agradar a Deus ou aos homens? Que hoje seja um dia de verdade diante do Senhor, pois não podemos enganar Aquele que sonda os corações.

Oração:
Senhor, Tu sondas meu coração e conheces minhas intenções. Livra-me de toda hipocrisia e ajuda-me a viver uma fé genuína, que Te honre de verdade. Em nome de Jesus, amém.

quinta-feira, 24 de abril de 2025

Misericórdias que se Renovam: A Fidelidade de Deus a Cada Manhã

“As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade.” (Lamentações 3:22,23)

Lamentações 3:22,23

Pr. Cleber Montes Moreira
 

O livro de Lamentações é um lamento poético sobre a destruição de Jerusalém e do templo em 587 a.C. pelos babilônios, consequência do pecado e da desobediência persistente do povo de Judá. No capítulo 3, Jeremias expressa sua dor pessoal e coletiva, mas, em meio ao sofrimento, encontra esperança ao lembrar-se da fidelidade e das misericórdias de Deus.

Os versículos 22 e 23 são um raio de luz em um contexto marcado pela dor. Eles destacam que, apesar do juízo merecido, Deus preserva Seu povo — e a razão disso são Suas misericórdias. Sim, “as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos…”.

O Comentário Bíblico Moody explica que a benignidade (hesed, o “amor imorredouro”) de Jeová é infalível. Ela se renova diariamente — como o maná no deserto — e, por isso, o povo não é consumido; um remanescente permanece como semente para um novo começo. “Grande é a Tua fidelidade” (v. 23).

Hesed é a bondade divina que se inclina para perdoar, sustentar e restaurar, mesmo quando o ser humano merece punição. A misericórdia de Deus é Sua disposição de agir com compaixão, poupando os pecadores da destruição que seus próprios pecados atraem. É quando Deus, por Seu propósito, nos livra do castigo que justamente merecíamos.

Vivemos em um mundo marcado por indiferença, egoísmo e dureza de coração. A misericórdia tornou-se rara. A sociedade celebra a vingança e o mérito, mas despreza o perdão e a compaixão. No entanto, todos — sem exceção — necessitam de misericórdia. Pecamos, erramos e falhamos todos os dias; por isso, diariamente carecemos das misericórdias divinas.

Lembremo-nos da parábola do servo incompassivo. Jesus conta a história de um servo que devia uma quantia enorme ao seu rei. Movido por compaixão, o rei perdoou toda a dívida. Contudo, ao sair, esse servo encontrou um conservo que lhe devia bem menos e, sem misericórdia, exigiu o pagamento, lançando-o na prisão por não poder pagar (Mateus 18:21-35).
Jeremias reconhece que, se não fosse o Senhor, Judá teria sido totalmente destruída. O mesmo se aplica a nós: o que merecemos, por nossa natureza pecaminosa, é a condenação. Mas, por meio de Cristo, a graça nos alcança, e a misericórdia de Deus nos sustenta.

Essas misericórdias “não têm fim” e “renovam-se a cada manhã”. Como uma fonte inesgotável, como um rio que não seca, o Senhor derrama sobre nós, a cada novo dia, o que precisamos para recomeçar. Cada manhã traz um lembrete da fidelidade divina — não porque sejamos fiéis, mas porque Ele é fiel.

Aplicação:
Se as misericórdias do Senhor são a razão pela qual ainda estamos de pé, como devemos viver?
    • Em gratidão, reconhecendo que tudo o que temos vem dEle (Tiago 1:17).
    • Em serviço, dedicando nossos dons, tempo e vida Àquele que nos amou primeiro.
    • Em louvor, exaltando com os lábios e com a vida Aquele cuja fidelidade não falha.

Reconhecer as misericórdias do Senhor deve nos levar a abandonar toda autossuficiência e confiar plenamente na suficiência de Deus. Devemos reconhecer, com humildade, que dependemos dEle e, por isso, nos render integralmente a Ele com tudo o que somos.

Oração:
Querido Deus, Pai misericordioso, reconheço que Tuas misericórdias são a causa de não sermos consumidos. Obrigado por não me entregares ao que mereço, mas por me sustentares com Teu amor fiel. Ensina-me a reconhecer, a cada manhã, que sou sustentado pelo Teu amor e pela Tua compaixão. Que minha vida seja uma expressão de gratidão, serviço e louvor ao Teu nome. Ajuda-me a viver consciente da Tua misericórdia e a compartilhá-la com o próximo, como reflexo do Teu caráter. Em nome de Jesus, amém.

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terça-feira, 22 de abril de 2025

Um Coração Puro e um Espírito Reto

“Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto.” (Salmos 51:10)

Bíblia
Imagem gerada por AI

Pr. Cleber Montes Moreira
 

O Salmo 51 é a expressão sincera de um coração quebrantado pelo pecado. Escrito por Davi após ser confrontado pelo profeta Natã por seu adultério com Bate-Seba e o assassinato de Urias (2 Samuel 11–12), este salmo revela o clamor de um homem que reconhece sua culpa e busca a misericórdia divina. É um retrato poderoso do verdadeiro arrependimento.

Davi não tenta justificar seus atos nem minimizar sua culpa. Com humildade, ele se volta para Deus, ciente de que somente o Senhor pode purificar e restaurar o pecador. No versículo 10, sua oração expressa um desejo profundo por transformação: ele pede um coração puro — livre da corrupção do pecado — e um espírito reto, firme e alinhado com a vontade de Deus.

Deus se agrada de um coração contrito, como Davi escreve mais adiante: “Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.” (Salmos 51:17). O verdadeiro arrependimento vai além do remorso; envolve confissão, abandono do pecado e uma mudança genuína de direção, possibilitada pela graça de Deus e pela obra do Espírito Santo.

A oração de Davi serve como modelo para todos que desejam viver em santidade. Um coração puro busca agradar a Deus, amando o que Ele ama e rejeitando o que Ele aborrece. Um espírito reto reflete integridade e compromisso com a justiça divina. Como seguidores de Cristo, somos chamados a cultivar essa mesma fome e sede de justiça (Mateus 5:6), vivendo de maneira digna da vocação que recebemos. O arrependimento não é apenas o início da vida cristã, mas uma prática contínua para quem deseja andar na luz.

Aplicação:
Examine seu coração. Há pecados não confessados ou hábitos que desagradam a Deus? Lembre-se de que Ele acolhe o coração humilde. Clame por um coração puro e um espírito reto, confiando que Deus é fiel para perdoar e transformar.

Oração:

Senhor Deus, reconheço meus pecados e falhas diante de Ti. Sabendo que nada está oculto aos Teus olhos, peço que purifiques meu coração e me guies em retidão. Que eu encontre alegria em seguir Teus caminhos e que minha vida Te glorifique. Sustenta-me com Teu Espírito Santo. Em nome de Jesus, amém.

sábado, 19 de abril de 2025

A Quem Você Está Servindo?

“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro…” (Mateus 6:24)

Mateus 6:24
Imagem gerada por AI

Pr. Cleber Montes Moreira

Charles Haddon Spurgeon proferiu uma declaração contundente: “Cada ação da vida de um homem é importante; servimos a Deus ou ao diabo em tudo o que fazemos. Nenhuma ação da vida de um homem é insignificante.” De fato, em tudo o que fazemos, servimos a Deus ou a Satanás; cada ação reflete uma escolha sobre a quem estamos servindo. Embora essa afirmação possa ser impopular ou difícil de aceitar, ela expressa uma verdade bíblica profunda. As Escrituras nos mostram que não há neutralidade em relação ao evangelho: cada decisão, por menor que pareça, revela com quem o nosso coração está alinhado. Vejamos exemplos bíblicos que ilustram essa realidade:

A quem serviu Eva, quando deu ouvidos à serpente e comeu do fruto proibido, desobedecendo a Deus? (Gênesis 3:1-6)

A quem serviu Caim, quando, movido por inveja, matou seu irmão Abel? (Gênesis 4:8)

A quem serviu Noé, quando obedeceu a Deus e construiu a arca, demonstrando fé em meio a uma geração corrupta? (Gênesis 6:22; Hebreus 11:7)

A quem serviu Arão, quando, cedendo à pressão do povo, fez um bezerro de ouro para ser adorado, promovendo idolatria? (Êxodo 32:1-6)

A quem serviram os filhos de Arão, Nadabe e Abiú, quando ofereceram fogo estranho diante do Senhor, desrespeitando Suas instruções? (Levítico 10:1-2)

A quem serviram Miriã e Arão, quando se rebelaram contra Moisés, questionando sua liderança por inveja e orgulho? (Números 12:1-2)

A quem serviram os filhos de Israel, quando, no deserto, murmuraram contra Deus e desejaram voltar ao Egito, rejeitando Sua providência? (Números 14:2-4)

A quem serviu Acã, quando tomou do anátema em Jericó, desobedecendo à ordem divina e trazendo maldição sobre Israel? (Josué 7:1, 20-21)

A quem serviu Josué, quando, com toda a sua casa, se colocou como exemplo, liderando Israel a renovar sua aliança com Deus? (Josué 24:15)

A quem serviu Sansão, quando se deixou levar pela paixão por Dalila e revelou o segredo de sua força, cedendo à fraqueza da carne? (Juízes 16:15-21)

A quem serviu Saul, quando poupou o rei Agague e os despojos da guerra, desobedecendo à ordem clara de Deus? (1 Samuel 15:9)

A quem serviu Davi, quando, ocioso, passeou no terraço, viu Bate-Seba, a cobiçou, a possuiu e tramou a morte de Urias? (2 Samuel 11:2-5, 14-17)

A quem serviu Salomão, quando permitiu que seus casamentos com mulheres estrangeiras o levassem à idolatria, desviando-se de Deus? (1 Reis 11:4-8)

A quem serviram os reis de Israel, como Jeroboão, quando fizeram o que era mau aos olhos do Senhor, praticando idolatria? (1 Reis 12:28-30)

A quem serviu Elias, quando confrontou os profetas de Baal no Monte Carmelo, demonstrando zelo pela glória do Senhor? (1 Reis 18:20-40)

A quem serviram os profetas, que, ao contrário de Jeremias, profetizavam mentiras para agradar ao povo em troca de favores, como vinho? (Miqueias 2:11; Jeremias 23:16-17)

A quem serviu Judas, quando traiu Jesus com um beijo, escolhendo a ganância em vez da fidelidade ao Mestre? (Mateus 26:47-50)

A quem serviu o jovem rico, quando amou mais seus bens materiais do que a Jesus, saindo triste da presença do Salvador? (Mateus 19:16-22)

A quem serviu Pedro, quando negou Jesus três vezes por medo, cedendo à fraqueza momentânea? (Lucas 22:54-62)

A quem serviram Ananias e Safira, quando mentiram sobre a oferta que deram à igreja, cedendo à hipocrisia e à avareza? (Atos 5:1-5)

A quem serviu Saulo, antes de sua conversão, quando perseguia e consentia na morte dos cristãos, opondo-se ao evangelho? (Atos 8:1-3; 9:1-2)

A quem serviram Paulo e Silas, quando louvaram a Deus na prisão, confiando em Sua soberania mesmo em meio ao sofrimento? (Atos 16:25)

A quem serviu Demas, quando, atraído pelo mundo, abandonou Paulo e se desviou da fé? (2 Timóteo 4:10)

A quem serviu Alexandre, o latoeiro, quando causou muitos males a Paulo, opondo-se ao evangelho? (2 Timóteo 4:14-15)

A quem serviu Diótrefes, quando se insubordinou contra João, espalhou palavras maliciosas e impediu os irmãos de receberem seus enviados? (3 João 1:9-10)

Pensamentos, sentimentos, postagens em redes sociais, nossos interesses, nossas prioridades, atos grandes ou pequenos revelam muito sobre nós e a quem estamos servindo. Cada escolha é um reflexo do nosso coração e uma oportunidade de glorificar a Deus ou ceder às tentações do inimigo.

Aplicação:

A vida cristã não é vivida no “modo neutro”. Perante Deus, não existem “isentões espirituais”. Cada escolha, palavra, gesto ou omissão revela claramente a quem estamos servindo. Dizer “sou de Cristo” vai muito além de uma declaração verbal — é uma afirmação que se comprova nas intenções, atitudes e estilo de vida. Por isso, é necessário examinarmos continuamente nosso coração: estamos vivendo para agradar a Deus ou a nós mesmos? Nossas decisões são guiadas pela Palavra ou pelos valores do mundo?

Hoje, escolha servir a Cristo com todo o seu coração, mente e força — inclusive nas pequenas coisas. Que cada ação sua seja um testemunho claro e vivo de quem é o seu Senhor.

Oração:

Querido Pai, reconheço que muitas vezes tenho tomado decisões sem considerar a quem estou realmente servindo. Ajuda-me a viver com discernimento e temor, lembrando que não há neutralidade diante de Ti. Examina o meu coração, revela as intenções escondidas e alinha meu querer ao Teu querer. Que eu Te sirva com fidelidade, até nas coisas mais simples do dia a dia. Que minha vida reflita o caráter de Cristo e Teu senhorio. Em nome de Jesus, amém.

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